Você já pensou quantos anos pretende viver

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Health and Performance Coach

No século XX as pessoas apresentavam uma menor expectativa de vida, pois o desenvolvimento de patologias infecciosas como: pneumonia, tuberculose, difteria e a conhecida gripe, eram as grandes causadoras de mortalidade.
Conforme avançamos no século XXI, descobrimos que as pessoas sofrem e morrem pelo que conhecemos como doenças degenerativas crónicas. Entre elas identificamos: doença arterial coronariana, câncer, diabetes, AVCs, artrite, degeneração macular, Alzheimer, mal de Parkinson, esclerose múltipla, artrite reumatoide e a lista não para por ai.
Segundo Dr. Myron Wentz estamos essencialmente “vivendo pouco e morrendo muito”. Wentz é um reconhecido microbiologista e imunologista americano, pioneiro no desenvolvimento da tecnologia de cultura de células humanas e diagnósticos de doenças infecciosas.
Um dos médicos homenageado com o Prêmio Albert Einstein para a realização proeminente nas ciências da vida.
Para Wentz o estresse oxidativo tem se tornado um dos maiores problemas de mortalidade desta geração, fator principal para o desenvolvimento das inúmeras patologias crônicas.
Embora toda essa transformação ocorra internamente em nosso corpo e sob nosso metabolismo é muito mais fácil observar seus efeitos oxidativos na superfície externa do corpo, através da nossa pele.
Segundo o doutor Ray D. Stand “nossa pele reflete o comportamento do nosso metabolismo” e exemplifica, ao analisar um retrato de família que reúne várias gerações, veremos a significativa diferença de pele entre os membros mais jovens dos membros mais velhos, esse efeito ocorre devido ao estresse oxidativo. Da mesma forma ocorre uma decadência interior em nosso metabolismo, onde as pesquisas atuais comprovam que o processo de envelhecimento esta atrelado a esse estresse, causado pelos radicais livres.

“Radicais livres são em sua maioria moléculas ou átomos de oxigênio que possuem no mínimo um elétron solitário (ou desemparelhado) na órbita externa para a produção de energia celular”. Dr. Ray D. Stand.
No processo de utilização desse oxigênio (chamado de oxidação), criam-se os radicais livres, também denominados como espécies reativas de oxigênio. Seu processo de movimentação é tão violento que já observaram quimicamente que eles geram fagulhas de luz dentro do corpo, causando danos à membrana celular como: parede dos vasos sanguíneos, proteínas, gorduras e até mesmo junto ao núcleo do DNA das células, dando origem a mutações celulares e consequentemente a várias doenças.
Hoje é amplamente reconhecido que o estresse oxidativo é um fator importante associado a doenças agudas e crônicas, incluindo: câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas.

Como evitar tais reações?
Várias décadas de pesquisas se concentraram em estudar a ligação entre estresse oxidativo e doenças que resultaram na identificação de importantes biomarcadores desse estresse, e encontram nos ANTIOXIDANTES o caminho para combater tais danos à saúde humana, pois apesar do nosso corpo produzir naturalmente radicais livres e antioxidantes, os radicais livres superam a produção de antioxidantes naturalmente. Como base nesses fatos, pesquisas apontam que aumentar a ingesta de antioxidantes é essencial para uma ótima saúde, especialmente nos dias de hoje, onde vivemos em meio a um alto nível de poluição global que prejudica a qualidade dos alimentos (produtos fundamentais para a obtenção de vitaminas, minerais, fitoquímicos e enzimas funcionais), capaz de fornecer proteção adicional à saúde humana.
Segundo o American Heart Association e o American Cancer Society (Instituto Americano para Pesquisa do Câncer), existe uma abundância de estudos que sugerem a utilização dos grãos integrais, frutas e legumes como alimentos benéficos em prol da saúde, apresentando quantidades adequadas de antioxidantes protetores, evitando parte desses processos degenerativos.
Se você pretende viver mais que a geração do século XX, é hora de se preocupar com sua saúde e longevidade, fazendo escolhas certas e ajudando seu metabolismo no combate a essa guerra metabólica , pois as escolhas de hoje resultarão na sua velhice e no ser humano de amanhã.
Referências:

1. What Your Doctor Doesn’t Know About Nutritional Medicine. Dr. Ray D. Stand, M.D
2. The Effect of Vitamin E and Beta Carotene on the Incidence of Lung Cancer and Other Cancers in Male Smokers New England Journal of Medicine (NEJM). vol 330 (15) Apr. 14, 1994. pp 1029-1035.
3. A Clinical Trial of Antioxidant Vitamins to Prevent Colorectal Adenoma NEJM, vol 331 (3). July 21, 1994. pp 141-147
4. Antioxidant Vitamins — Benefits Not Yet Proved (editorial) NEJM vol 330 (15) Apr. 14, 1994. p 1080 – 1081
5. Antioxidants and Physical Performance (review) Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 35(1&2):131-141 (1995).
6. Increased blood antioxidant systems of runners in response to training load. Clinical Science (1991). 80, 611-618.
7. Exercise, Oxidative Damage and Effects of Antioxidant Manipulation (review). Journal of Nutrition 122(3 suppl): 766-73, 1992 Mar.
8. Antioxidants: role of supplementation to prevent exercise-induced oxidative stress (review). Medicine and Science in Sports and Exercise. 25(2):232-6, 1993 Feb.
9. Prospects for the use of antioxidant therapies.(Review). Drugs 49(3):345-61, 1995 Mar.