Qual estratégia seguir?

Lucas Workout – CREF: 051944-G/SP

Health and Performance Coach

Mais do que desenvolver um planejamento de treinos é fundamental que as estratégias prescritas a você sejam orientadas por um profissional de Educação Física ou especialista na área de treinamento, com base em suas necessidades, estilo de vida e objetivos, pois o treinamento de força, realizado com pesos, é utilizado com vários objetivos, como a promoção da saúde, o aumentar do condicionamento físico, o desempenho esportivo e a estética.
De acordo com a revisão de literaturas, o treinamento de força apresenta um importante papel na busca pelo emagrecimento, visto que o mesmo promove a manutenção e/ou melhora da massa magra, aumentando assim o gasto energético em repouso.
Atualmente, buscando maior eficiência do treinamento na manutenção da composição corporal, é cada vez maior a utilização do treinamento concorrente (concorrente pode ser entendido como treinamento concorrente a combinação do treinamento com pesos ou resistido, que possibilita ganhos de força, potência e hipertrofia muscular, associado ao treinamento cardiovascular, que melhora a resistência aeróbia). Desta maneira os efeitos da resistência aeróbia com o fortalecimento muscular em um único programa, garante concomitantemente a perda da gordura corporal, bem como a manutenção da massa magra.
Quando se trata de programas com o objetivo de redução do peso corporal, parece que há um consenso com relação à prescrição do treinamento aeróbio regular para intensificar a perda de gordura corporal, porém este tipo de treinamento não impede a perda de massa magra, o que é minimizado com o treinamento resistido (Francischi, Pereira e Lancha Junior, 2001).
A prática do treinamento de força utilizando exercícios e aparelhos de musculação, parece ser um método de treinamento eficiente que fortalece os músculos esqueléticos sem o risco de lesões por impacto, aumentando o gasto de energia no repouso, pelo aumento da massa muscular (Guedes e Guedes, 1998).
Por estes motivos os exercícios com pesos foram incluídos em programas de emagrecimento (Lopes, 2008), sendo que os principais fatores que os levariam a contribuir com a redução do peso seria o aumento da taxa metabólica de repouso, através da manutenção e/ou aumento da massa muscular (Williams, 2002).
Em meados da década de 80, a comunidade científica reconheceu o potencial valor do treinamento com pesos sobre a capacidade funcional e outros fatores relacionados a saúde, como o metabolismo basal, controle de peso, saúde óssea e histórico de saúde. Com o intuito de investigar esta teoria, foi realizado diversos estudos por instituições como ACSM (American College of Sports Medicine) e o AHS (American Heart Association), e em um deles foi percebido os motivos pelos quais os exercícios com pesos foram incluídos nos programas de emagrecimento junto aos programas de dieta.
Nesses estudos foi encontrado a seguinte equação: Exercício físico (Energia gasta nas atividades) + ETA (Efeito térmico dos alimentos) é = TMB (Taxa Metabólica Basal) ou gasto energético, onde o treinamento físico isolado, sem controle alimentar, promove uma redução do peso corporal, porém esta redução é pequena se comparada à associação do treinamento com dietas, o que facilita a adesão ao controle alimentar e garante maior sucesso na manutenção da massa magra e redução na massa adiposa (Francischi, Pereira e Lancha Junior, 2001).
Parece haver um consenso de que o treinamento aeróbio é o mais eficaz na promoção da perda de tecido adiposo, entretanto o treinamento de força promove o aumento da força e/ou hipertrofia muscular, cujo incremento do tecido muscular pode ser importante no aumento da taxa metabólica basal, o que facilitaria a oxidação das gorduras em presença de restrição energética (Francischi, Pereira e Lancha Junior, 2001).
Desta forma, atualmente é crescente a recomendação do treinamento concorrente, ou seja, utilização do treinamento de força juntamente com o treinamento aeróbio, como uma forma efetiva de associar a resistência aeróbia com o fortalecimento muscular em um único programa de treinamento, garantindo concomitantemente a perda da gordura corporal bem como a manutenção da massa magra (Francischi, Pereira e Lancha Junior, 2001).

Fontes:

Artigo e revisão 1. Estratégias para o emagrecimento

Por: Cristina Hauser, Magnus Benetti, Fabiana Pereira, V. Rebelo.
http://files.adrianobelem.webnode.com.br/200000173-9608296ffc/estrategias-para-o-emagrecimento.pdf

Artigo e revisão 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 1981-9900 versão eletrônica | Periódico do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício.

Por: Débora Paes de Arruda, Cláudio de Oliveira Assumpção, Christiano Bertoldo Urtado, Leandro Noedi de Oliveira Dorta, Morgana Rejane Rabelo Rosa, Ramon Zabaglia, Thiago Mattos Frota de Souza.
file:///C:/Users/LUCAS/Downloads/Dialnet-RelacaoEntreTreinamentoDeForcaEReducaoDoPesoCorpor-4923382.pdf

Revião 3. Treinamento concorrente

Por: Rodrigo Piano Rosa
http://www.efdeportes.com/efd163/treinamento-concorrente-uma-revisao.htm