Como está sua saúde psíquica

Lucas Workout – CREF: 051944-G/SP

Health and Performance Coach

O cansaço mental tem se tornado comum e prejudicial nas vida de milhões de pessoas ao entorno do globo. Este é um dos fatores negativos da era PÓS-DIGITA, sim, você leu certo. Eu escrevi pós-digital.
O processo de globalização vivido pelo mundo democratizou o acesso à tecnologia, que antes era um privilégio de poucos. A era digital trouxe grandes avanços ao permitir que a informação estivesse ao alcance “de todos”, mas vem causando sérios problemas na vida de pessoas que ainda não aprenderam a administrar o uso das mesmas junto aos seus aparelhos de celulares, tablets, Smart TVs e agora com a inteligência das coisas inserida no nosso cotidiano.
Segundo Walter Longo um dos nomes mais importantes no país quando falamos de comunicação, marketing e tecnologia, já vivemos a era pós-digital. Ele explica que a presença da tecnologia digital hoje é tão ampla e onipresente que, na maior parte do tempo, nem notamos que ela está lá. Tal como a eletricidade, nós só percebemos a sua existência quando falta. Já superamos o mundo analógico, sendo difícil imaginar boa parte do que fazemos hoje sem a presença da tecnologia digital.
Atualmente não há diferença entre mundo digital e mundo real, entre on e off-line, características que fazem crescer o que conhecemos por super overload infomation ou Sobrecarga de informação,
também conhecida como infobesidade (dificuldade que uma pessoa pode ter para com a compreensão de um problema e tomada de decisões causadas pela presença de muita informação). Termo popularizado por Alvin Toffler em seu best-seller de 1970 Choque Futuro , mas mencionado em um livro de Bertram Gross , The Managing of Organizations de 1964.
Segundo estudos e pesquisas a curadoria de informação torna-se um aspecto de valor para a qualidade de vida e saúde psíquica das pessoas, pois com base nos avanços tecnológicos os dados da internet crescem mais do que 20 terabytes por mês.
Para facilitar, vou dar alguns exemplos práticos, através de tipos de arquivos que trocamos todos os dias e a quantidade de informações que conseguimos registrar ou absorver com 1TB (terabytes) a nossa disposição:

– Montar um acervo com mais de 200 mil músicas;
– Assistir a aproximadamente 730 filmes com 1h30 de duração e qualidade de DVD. Se você parar para dormir 8 horas, e ficar o resto do tempo assistindo a seus filmes preferidos, são quase 150 dias diretos!
– Arquivar 1 milhão de fotos na resolução de 2048 x 1536 px (1,20Mb por foto). Para chegar a esse resultado você teria que tirar 100 fotos por dia por… 27 anos.
É claro que em um HD de 1 Terabyte o espaço será utilizado para vários tipos de arquivos, backups e demais aplicações. A comparação acima foi de cunho didático.

Segundo a professora e Net Artist Giselle Belguelman docente na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU), nas áreas de Design e História da Arte “É fato que a internet tem muito lixo, mas ela não criou esse lixo cultural. Ela deu vazão a ele, assim como a uma série de produções e ações”. De acordo com a professora, as pessoas devem aprender a consumir a dadosfera antes de serem consumidas por ela.
A curadoria de informação é, de maneira resumida, uma soma entre tools, filtros, agenciamento e plataformas. Sendo algo que “fomenta e ao mesmo tempo é alimentado pela inteligência distribuída”, diz a professora. Só que essa “inteligência distribuída”, a qual Gisele se refere, pressupõe uma dinâmica não só mais aberta, como também mais complexa, ao acesso de informações. Um cenário em que produção e consumo se confundem, contexto esse que eleva a importância de mentores técnicos absolutamente embasados junto aos assuntos do seu interesse.

Fontes:

Marketing e Comunicação na Era Pós-Digital. As regras Mudaram
Por: Walter Longo

Resumo do Evento:
Encontros com o Futuro, realizado na Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA) em 21 de Junho de 2011.